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Diário do Gatinho Eros 2009


Informo os meus leitores que toda a documentação existente neste Folheto Cultural foi recolhida da WIKIPEDIA com algumas alterações efectuadas por mim, nomeadamente no Português.

FOLHETO III - Nomenclatura e Características

Nomenclatura



O gato doméstico foi denominado Felis catus por Carolus Linnaeus na sua obra Systema Naturae, de 1798. Johann Christian Daniel von Schreber chamou-o Felis silvestris, ao gato selvagem em 1775. Desse modo , os gatos caseiros são considerados uma das subespécies do gato selvagem. Não é incomum, aliás, o cruzamento entre gatos domésticos e selvagens, formando espécimes híbridos .
Pelas regras de prioridade do Código Internacional de Nomenclatura Zoológica, o nome das espécies domésticas deveria ser Felis catus. No entanto, na prática, a maioria dos biólogos utilizam Felis silvestris para as espécies selvagens e Felis catus somente para as formas domesticadas.
Na opinião n.º 2027, publicada no Volume 60 (Parte I) do Bulletin of Zoological Nomenclature (31 de março de 2003), a Comissão Internacional de Nomenclatura Zoológica confirmou a utilização de Felis silvestris para denominar o gato selvagem e Felis silvestris catus para as sub-espécies domesticadas. Felis catus segue sendo válido para a forma domesticada, se esta for considerada uma espécie separada.
Johann Christian Polycarp Erxleben denominou o gato doméstico de Felis domesticus em suas obras Anfangsgründe der Naturlehre e Systema regni animalis, de 1777. Este nome e as suas variantes Felis catus domesticus e Felis silvestris domesticus não são nomes científicos válidos segundo as regras do Código Internacional de Nomenclatura Zoológica.

Características


Anatomia de um gato

Os gatos, geralmente, pesam entre 2,5 e 7 kg; entretanto, alguns exemplares, como o Maine Coon podem exceder os 12 kg. Já se registaram animais com peso superior a 20 kg, devido ao excesso de alimentação.
Em cativeiro, os gatos vivem tipicamente de 15 a 20 anos, mas o exemplar mais velho já registado viveu até os 36 anos. Os gatos domésticos têm a sua expectativa de vida aumentada quando não saem pelas ruas, pois isso reduz o risco de ferimentos ocasionados por brigas e acidentes. A castração também aumenta significativamente a expectativa de vida desses animais, uma vez que reduz o interesse do animal por fugas nocturnas e também o risco de incidência de câncer de testículos e ovários.
Gatos selvagens que vivem em ambientes urbanos têm expectativa de vida reduzida. Gatos selvagens mantidos em colônias tendem a viver muito mais; O Fundo Britânico de Ação para Gatos (British Cat Action Trust) relatou a existência de uma gata selvagem com cerca de 19 anos de idade.
Os gatos possuem trinta e dois músculos na orelha, o que lhes permite ter um tipo de audição direcional, movendo cada orelha independentemente da outra. Assim, um gato pode mover o corpo numa direcção, enquanto move as orelhas para outro lado. A maioria dos gatos possui pavilhões auditivos orientados para cima. Diferentemente dos cães, gatos com orelhas dobradiças são extremamente raros. Os Scottish Folds são uma das exceções a essa regra, devida a uma série de mutações genéticas. Quando irritados ou assustados, os gatos repuxam os músculos das orelhas, o que faz com que elas se inclinem para trás.

O gato doméstico costuma dormir durante a maior parte do dia para conservar sua energia

O método de conservação de energia dos gatos compreende dormir, acima da média da maioria dos animais, sobretudo à medida em que envelhecem. A duração do período de sono varia entre 12–16 horas, sendo de 13–14 horas o valor médio. Alguns espécimes, contudo, podem chegar a dormir 20 horas num período de 24 horas.
A temperatura normal do corpo desses animais varia entre 38 e 39 °C. O animal é considerado febril quando tem a temperatura superior a 39,5 °C, e hipo térmico quando está abaixo de 37,5 °C. Comparativamente, os seres humanos têm temperatura normal em torno de 37 °C. A pulsação do coração desses pequenos mamíferos vai de 140 a 220 batidas por minuto e depende muito do estado de excitação do animal. Em repouso, a média da frequência cardíaca fica entre 150 e 180 bpm.

Gato doméstico jovem

Um adágio popular diz que os gatos caem sempre de pé. Geralmente o ditado corresponde à realidade, mas não é uma regra fechada. Durante a queda, o gato consegue, por instinto, girar o corpo e prepará-lo para aterrar em pé, utilizando a cauda para dar equilíbrio e flexibilidade. Eles sempre se ajeitam do mesmo modo, desde que haja tempo durante a queda para fazê-lo, dessa maneira são capazes de suportar quedas de muitos metros, visto que durante a queda chegam a uma velocidade limite na qual suportam o impacto com o chão. Algumas subespécies sem cauda são excepções a essa regra, já que o gato conta com a cauda para conservar o momento angular, necessária para endireitar o corpo antes do pouso. Assim como a maioria das espécies de mamíferos, os gatos são capazes de nadar. No entanto, somente o fazem quando extremamente necessário, como em caso de queda acidental na água.
Assim como os cães, os gatos são digitígrados: andam directamente sobre os dedos; os ossos das suas patas compõem a parte mais baixa da porção visível das pernas. São capazes de passos precisos, colocando cada pata directamente sobre a pegada deixada pela anterior, minimizando o ruído e os trilhos visíveis.



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FOLHETO II - 2ª Parte

OS GATOS NA HISTÓRIA (continuação da 1ª Parte)

Contudo, não tardou para que alguns animais fossem clandestinamente transportados para outros territórios, fazendo com que os gatos acabassem aumentando a sua área de abrangência. Ao chegarem na Pérsia antiga, também passaram a ser venerados. Lá havia a crença de que quando se maltratava um gato preto, corria-se o risco de estar maltratando um espírito amigo, criado especialmente para fazer companhia ao homem durante sua passagem na Terra. Desse modo, ao prejudicar um gato, o homem estaria atingindo a si mesmo.
Devido ao fato de serem exímios caçadores e auxiliarem no controle de pragas, por muitos séculos, os gatos tiveram uma posição privilegiada na Europa cristã. Porém, no início da Idade Média, a situação mudou: gatos foram acusados de estarem associados a maus espíritos e, por isso, muitas vezes foram queimados juntamente com as pessoas acusadas de bruxaria. Até hoje ainda existe a ideia de que toda bruxa possui um gato preto de estimação, sendo esse animal associado aos mais diversos tipos de sortilégios. É muito comum ouvir histórias de sorte e azar associadas aos animais dessa cor.




Winston Churchill afaga um gato que habita um navio militar




Com o fim da inquisição, o gato foi novamente aceito nas moradias e nos navios, assumindo novamente a função de caçadores de roedores. Com o passar do tempo os gatos passaram a ser considerados animais finos, ganhando uma boa posição do ponto de vista social. Eram inclusive utilizados como acessórios em eventos sociais pelas damas. Nessa época o gato começou a ser modificado para exposições, começando assim a criação de raças puras, com pedigree. Uma das primeiras raças criadas para essa finalidade foi a Persa, que ficou conhecida após sua introdução no continente europeu, realizada pelo viajante italiano Pietro Della Valle.



Atualmente os gatos são muito utilizados na prevenção de roedores nas áreas agrícolas




A primeira grande exposição de gatos aconteceu em 1871, em Londres. A partir desse momento, o interesse em se expor gatos desenvolvidos dentro de certos padrões propagou-se por toda a Europa.
Atualmente, os gatos são um dos mascotes mais populares em todo o mundo, servindo ao homem como um bom animal de companhia e ainda continuam sendo utilizados por agricultores e navegadores de diversos países, como um meio barato de se controlar a população de determinados roedores. Devido ao fato da sua domesticação ser relativamente recente, quando necessário, eles podem facilmente converter-se à vida selvagem, passando a viver em ambientes silvestres, onde formam pequenas colónias e caçam em conjunto.




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FOLHETO II - Os Gatos na História - 1ª Parte

1ª PARTE
Quando as populações deixaram de ser nómadas, a vida das pessoas passou a depender substancialmente da agricultura. Foi nesse momento que os gatos vieram a fazer parte do quotidiano do ser humano. Por possuir um forte instinto caçador, esses animais exerciam uma importante função na sociedade: acabar com os ratos e camundongos, que invadiam os silos de cereais e outros lugares onde eram armazenados os alimentos.



Uma estatueta de um gato, feita no Egipto, representando a deusa Bastet

Registos encontrados no Egipto, como gravuras pinturas e estátuas de gatos, indicam que a relação desse animal com o homem tiveram início há cerca de 9.500 anos. Elementos encontradas em escavações indicam que, nessa época, os gatos eram venerados e considerados animais sagrados.
Bastet (Bast ou Fastet), a deusa da fertilidade e da felicidade, considerada benfeitora e protectora do homem, era representada como uma mulher com cabeça de gato e frequentemente figurava acompanhada de vários outros gatos em seu entorno.

Na verdade, o amor dos egípcios por esse animal era tão intenso, que havia leis proibindo que os gatos fossem "exportados". Qualquer viajante que fosse apanhado a traficar um gato era punido com a morte. Quem matasse um gato era punido da mesma forma, e, em caso de morte natural do animal, seus donos deveriam usar trajes de luto.
....CONTINUA....

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FOLHETO I - Evolução do gato doméstico

A história do gato-doméstico remonta à Antiguidade, segundo biólogos e historiadores. Esses felinos têm acompanhado os homens a tanto tempo que é possível afirmar que a sua história, em certos pontos, chega a se confundir com a própria história da humanidade .


EVOLUÇÃO
Miacis, o mais antigo ancestral dos gatos conhecido atualmente

Os gatos-domésticos atuais são uma adaptação evolutiva dos gatos-selvagens africanos, o que faz com que estes possuam diversas características em comum com os grandes felinos selvagens, como o hábito de caminhar silenciosamente usando suas almofadas plantares, as avançadas técnicas caça e as presença de unhas retráteis. No entanto, cruzamentos entre diferentes espécimes os tornaram menores e menos agressivos aos humanos, atendendo assim ao objetivo de se criar um animal de pequeno porte, capaz de caçar roedores e viver nas  mesmas habitações que os homens.



Dinictis: um dos primeiros felinos.

O seu mais antigo ancestral conhecido é o Miacis, mamífero que viveu há cerca de 40 milhões de anos, no final do período paleoceno, e possuia o hábito de caminhar sobre os galhos das árvores. A evolução desse animal deu origem ao Dinictis, animal que já possuia a maior parte das características presentes nos felinos atuais.

A sub-família Felinae, que agrupa os gatos-domésticos, surgiu há cerca de 12 milhões de anos, expandindo-se à partir da África até alcançar as terras onde atualmente está o Egito. Inclusive, foram os egípicios o primeiro povo a adotar os gatos como animais de trabalho e estimação.
......CONTINUA.....

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